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EIXOS DE TRABALHO

Eixo 1 – Integração Campo-Cidade

A reflexão sobre a realidade do espaço agrário cearense impõe a necessidade da compreensão histórica dos processos sociais, articulando espacialmente o Campo e a Cidade. Entre os principais temas que podem orientar a inscrição de trabalhos neste GT, destacamos: abordagens teórico-metodológicas da questão cidade-campo, urbano-rural e suas interações; migração, trabalho e mobilidade na interação campo-cidade; o campo e a cidade na literatura e nas artes; novas configurações na interação campo-cidade: circuitos espaciais da produção, economia urbana e reestruturação urbana-regional; a relação entre a expansão do capitalismo e da urbanização no campo e as problemáticas sociais urbanas.

 

Eixo 2 – Agroecologia

Espaço para socializar reflexões e experiências vinculadas à agroecologia; os desafios da transição agroecológica; as redes de organizações e movimentos socioterritoriais e entidades que trabalham no fortalecimento da agroecologia; relatos de experiências de intercâmbios e trocas de saberes agroecológicos; soberania e segurança alimentar; processos de escoamento e comercialização, como as feiras agroecológicas, cooperativas e economia solidária; geopolítica dos alimentos e da fome no contexto cearense.

 

Eixo 3 – Gênero, Etnia, Cultura e Sexualidade

Busca trazer para o cenário de debates a temática de Gênero, Etnia, Cultura e Sexualidade no Campo e na Cidade, promovendo diálogo sobre as trajetórias de resistência e existência que configuram o cotidiano, os modos de vida e os saberes ancestrais e populares de comunidades camponesas, indígenas, pescadoras, negras e das cidades. Propõe-se ainda, uma reflexão crítica que verse sobre as intersecções entre sexualidade, gênero, raça, classe social e geração, na interface com identidades, territorialidades e violência. Como sub-eixos apontamos: ameaças e conflitos socioambientais frente aos grandes projetos de desenvolvimento; desigualdades sociais e de gênero, patriarcado, racismo, homofobia e os mecanismos de violência contra Mulheres, LGBTT, negras e indígenas; políticas públicas de acesso a direitos específicos; o feminismo e suas conexões com a agroecologia; cultura, meio ambiente e o protagonismo das mulheres na transmissão de saberes.

 

Eixo 4 – Conflitos Socioambientais

Tem como foco a discussão de direitos territoriais de povos do campo (quilombolas, indígenas, pescadores, produtores familiares). Os trabalhos serão articulados em três aspectos: o primeiro trata do atual modelo econômico de produção e implantação de grandes projetos econômicos voltados para o mercado externo em detrimento da soberania alimentar, hídrica e nacional; o segundo discute o papel e as ações estatais de demarcação e regularização de territórios de povos tradicionais e implementação de Unidades de Conservação; o terceiro articulará a problematização em torno dos conflitos relacionados à estrutura fundiária (propriedade e direito à terra) e o reconhecimento de identidades e as mobilizações/resistências.

 

Eixo 5 – Educação do/no Campo

Busca discutir as lutas históricas pelo direito à terra e à educação do/ no campo; políticas públicas para a educação do/ no campo (camponeses, quilombolas, indígenas, ribeirinhos e pescadores); refletir a presença do Estado e instituições governamentais e não governamentais; programas e projetos de formação de educadores e educadoras e sujeitos do campo; experiências e aprendizagens socialmente produzidas e disputadas na educação do campo; práticas educacionais considerando a diversidade e as desigualdades do campo; metodologias de ensino e aprendizagem.

 

Eixo 6 – Posse e Uso da Terra e da Água

Propõe a reflexão sobre temáticas relacionadas à estrutura fundiária cearense e a questão estrutural da posse e uso da terra e da água; conflitos pelo uso da terra e da água; a expansão do agronegócio no Ceará; conflitos territoriais; resistências camponesas ao modelo de produção hegemônico; grandes projetos e remoções no espaço agrário; mineração e disputa por terra e água; modelos de geração de energia atuantes em territórios de comunidades; denúncias de exploração destrutiva da natureza e das pessoas.

 

Eixo 7 – Movimentos Sociais do Campo

Busca compreender a questão agrária a partir de reflexões, debates e relatos dos sujeitos que constroem os movimentos sociais e constituem um território de conflitos e resistências envolvendo os povos tradicionais e o campesinato. Contemplando os sub-eixos: aspectos teóricos sobre o embate com o Estado; as políticas para os indígenas, quilombolas, pescadores e pescadoras, sem-terras, agricultores e agricultoras familiares; outras organizações da sociedade civil; dilemas dos movimentos sociais e o mundo neoliberal; movimentos sociais e os “novos movimentos sociais”; movimentos ou manifestações sociais a partir das redes sociais.

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